terça-feira, 27 de julho de 2010

Um dia de Praia

Aviso!

Este texto pode conter spoilers da vida de alguém!

Depois de alguns anos de reclusão na minha falta de emoções resolvi ir a praia. Não pensem que hoje é um dia muito quente, hoje o clima é ameno. Afinal, não é porque moro numa cidade balneário, que tenho que ficar à milanesa na praia fritando sob um sol de 40º C.

Bem, hoje acordei querendo me destoar do que era ontem. E para quem quer dissonar por aí, nada melhor do que fazer o que raramente se faz. Fui à praia! O Sol devia estar lindo. Prometo a vocês que se a nuvem que está na frente dele ir embora, olho pra cima e tento constatar se estava realmente bonito.

A areia, bem, sabem como é a areia do Rio de Janeiro... Quando sentei em cima da minha canga, senti algo me espetando, era uma garrafa vazia de água mineral Lindoya. Não me machuquei. Mas não pensem que é porque tenho facilidade de sentar em coisas como garrafas de água mineral. Não tenho esta facilidade. Fato. Nada doloroso aconteceu porque apenas o gargalo da garrafa estava sobre a areia. O resto já estava enterrado ambíguo isso, ã!?.

Era dia de semana. Meu segundo dia de férias. Era quarta-feira. Sentei na areia com o meu Ray Ban verde hortelã estilo Restart, aquela banda emo de camelô achei caro R$ 60 no ambulante, mas comprei mesmo assime com meu biquíni que não era fio dental não é sarcasmo. Eis que lá vem ele.... Moreno jambo....olhos verdes...um peitoral de fazer sonhar acordada até a minha vó!

Olhou pra trás e falou com os amigos: “Vou entrar nesse mar e pegar a minha onda a qualquer custo, o mar não pode estar tão bravo assim!” Os amigos dele se despediram dele, óbvio. E se foram. E ele foi com aquela bermuda surfista, sem blusa. Sabe quando o cara anda e a bermuda está meio larga? Pois é, deu pra ver a marquinha!

Com certeza ele não viu nada em mim. Sou tão branca que devo reluzir a luz do sol. Não como Edward do Crepúsculo. Mas devo ficar mais pálida ainda!  Imaginei como seria namorar aquele cara. Corpo delicioso. Eu até entraria na academia e teria como objetivo o corpo da Madona antes dela ter as pelancas!. Ficaria loira, morena, ruiva, não importa. Esse é o tipo de cara que a gente tem que segurar de todo jeito.

Olhei para o mar e vi ele dentro d’água, jurava que ele tinha levado a prancha, mas quem se importa quando o cara gato da praia parece estar acenando pra você. Resolvi pagar o mico e dei tchauzinho pra ele. O máximo que ele podia achar é que a reluzente, branca, maluca da areia poderia estar confundindo-o com um outro alguém.

Voltei aos meus devaneios. Me imagino malhada. Me imagino a Pamela Anderson em Baywatch . Loira, bonita e peituda e ainda de brinde sabendo nadar! É não sei nadar. Sou igual merda, bato na água e afundo.

Ele parou de dar tchauzinho e de gritar coisas estranhas da água. Não o vi sair do mar. Acabei de comer areia que uns mal educados de sunga vermelha levantaram quando passaram correndo pela minha canga. Pisaram na minha canga! Entraram todos no mar, parecem apressados... Até parece que alguém se afogou.

Ops! Eles estão tirando alguém da água. Era o moreno. “Ei! Moços, esse aí seria meu futuro marido!” Gritei para um deles tentando marcar algum tipo de território. Na verdade eu tentei encenar aquelas cenas em que o afogado se apaixona pela primeira mocinha que bate os olhos quando acorda.Um dos salvas vidas respondeu: “Realmente, moça. Seria.”

Já no sofá da minha sala, reflito: Eu não sei nadar. Ele sim, mas não conseguiu chegar na praia. Jamais daria certo!

E agora José? Inês é Morta?

Se Inês for gata, alegre-se ela tem 7 vidas! Ainda bem que sempre temos uma Second Chance! Mas vê Joselito, se na próxima vez presta mais atenção! Você pode até salvar vidas!

Aviso importante: não nade em águas revoltas!

Comente com o Facebook: